Corridas e Superações I

Olá, 

Há  tempos quero postar sobre o tema SUPERAÇÃO e sua relação com a CORRIDA. Exemplos temos aos montes na internet, poderia até mesmo falar por experiência pessoal, mas não acho que foi algo tão extraordinário quanto as histórias que relatarei a seguir.

Sem dúvida a corrida me ajudou a superar alguns limites, me ajudou a diminuir alguns estresses e de quebra fez com que eu tivesse contato com um mundo extraordinário, onde têm pessoas leves, pra cima, determinadas e prontas para novos desafios, e isso tudo nos contagia. 

De certa forma algum dia irei relatar por detalhes tudo o que a corrida me proporcionou, mas por enquanto vamos às verdadeiras estrelas:

Claire Lomas

Uma mulher com paralisia completou a Maratona de Londres 2012 com a ajuda de um aparelho biônico que permite a movimentação da perna. Claire Lomas completou a prova 16 dias após o inicio da maratona. É um feito notável já que Claire está paralisada do peito para baixo. O aparelho permite que pessoas com paralisia de membros inferiores fiquem de pé, andem ou subam escadas através de sensores de movimento e um sistema de computador de bordo.

Conner e Cayden Long 

São dois irmãos, Cayden, o mais novo, sofre de paralisia cerebral, o que o impede de falar ou andar sem ajuda. Mas graças ao irmão, que o vai empurrando e puxando, ele participa em provas de corrida, ciclismo e natação.

Conner poderia fazer tudo o que qualquer criança faz, mas prefere ajudar o irmão a ter essa oportunidade. Nas provas de triatlo em que participam, não interessa a classificação – o público se apaixona de imediato e, se Cayden estiver feliz, a prova está superada, mesmo que eles cheguem depois de todo mundo. Conner diz que sozinho provavelmente chegaria muito mais rápido e teria resultados bem melhores nas provas – mas não teria a mesma graça do prazer de poder realizar isso com o irmão.

“Se você não parar de tentar e realmente se esforçar para alcançar o que quer e não desanimar na primeira vez que der errado você vai chegar lá”, diz Conner.

Rick van Beek

É um cidadão americano que alguns anos resolveu parar de fumar e começou a treinar para triatlons e maratonas, seria apenas mais uma história de sucesso se não fosse por um “pequeno” detalhe, Rick é pai de uma garota de 13 anos com paralisia cerebral, sua filha, Maddy, de 13 anos nem anda, nem fala e Rick a leva para todas as provas que participa, tipo, não é que ela fique na platéia, o pai usa equipamentos especiais para levar ela durante as provas. Juntos, já participaram de mais de 70 provas.

Lance Armstrong 

Vindo de uma família com dificuldades financeiras, começou cedo a praticar esportes. Aos trezes anos descobriu o triatlo e obteve sua primeira vitória na competição “Iron kidsTriathlon”. 

A partir de então, sua vida mudou. Muitas vitórias vieram ao longo dos anos, mas em 1996 descobriu um câncer no testículo, além de dois tumores no pulmão e no cérebro.

Com a descoberta, a vida de Armstrong mudou. Passou novamente por problemas financeiros e quase teve que vender sua casa. Aos 25 anos, declarou que sofria da grave doença, mas isso não o fez desistir.

Após encerrar a quimioterapia, em 1998, voltou a correr. Participou de várias maratonas e decidiu competir em uma das provas mais importantes do mundo todo. Em 1999 venceu o Tour de France.

Ao longo dos anos, esse exemplo de atleta e de ser humano continuou participando de corridas e conquistando títulos e vitórias, encerrando sua carreira apenas em 2011, depois de superar diversos desafios.

“A dor é temporária. Pode durar um minuto, ou uma hora, ou um dia ou um ano, mas eventualmente ela irá diminuir e outra coisa tomará o seu lugar. Se eu desistir, no entanto, durará para sempre." Lance Armstrong

Jurandir de Jesus

Jurandir vivia na periferia de Erechim, em um barraco que dividia com a mãe e 13 irmãos. O pai abandonou a família quando o garoto tinha 6 anos. O sustento vinha da mãe, faxineira e lavadeira, das esmolas e do que os irmãos mais velhos conseguissem vender nas ruas.

Foi numa tarde, sentado, chupando laranjas, que Jurandir, um moleque franzino de 14 anos, perdeu o que tinha de inocência. O valentão mais velho, que havia semanas arrumava encrenca para humilhá-lo, com tapas na cara, afogamentos e socos, veio em seu encontro para mais uma surra. Daquela vez, ele não fugiu correndo. “Usei a faquinha de serra das laranjas para me defender. Ele me batia e eu golpeava, sem ter muita noção”, conta. A briga terminou com o garoto maior morto — foram 36 facadas no total. O único momento em que falou sobre o ocorrido foi para o juiz. “Assumi, mas questionei o que ele faria no meu lugar.” Foi absolvido por legítima defesa e foi morar com o pai. “Ele não aceitou essa decisão, achava que eu era culpado. Na primeira semana, à noite, chegou bêbado em casa e sem falar nada me deu quatro tiros, que passaram de raspão. Fugi. Andei 30 km durante toda a madrugada, chegando à casa da minha mãe ao amanhecer.”. Envolveu-se com álcool, maconha, cocaína, crack. Embora jure nunca ter roubado, passou a andar armado. “Usava como proteção. Na periferia, se você matou alguém, um dia alguém vai querer te matar”, diz. Aos 20 anos, foi pai pela primeira vez e conseguiu emprego como gari. Aos 27, com a chegada do terceiro filho, pediu ajuda: vendeu a arma e passou as duas semanas seguintes no quarto, trancado pela mulher. “Não tive fissura. Precisava me livrar daquilo, pois algo bom aconteceria na minha vida.” Um mês depois, viu o cartaz de uma corrida gratuita e resolveu participar. “No km 5, olhava para trás e achava que tinha me perdido, porque não via ninguém. Terminei em terceiro lugar.” Do vencedor da prova, veio o convite para treinar. “Eu perguntei o que era treinar”, conta. Em três meses, começou a vencer provas. Sem apoio, pedia esmolas ou vendia DVDs piratas para poder comer. Por várias noites, dormiu em bancos de rodoviária. “Quando os resultados apareceram, passei a receber convites de grandes eventos. Ainda assim, muitas vezes não tinha um short ou tênis e precisava investir o dinheiro ganho nas corridas.” Pensando em jogar a toalha, Jurandir foi apresentado a Felipe por Tauro em 2011, durante uma corrida do Circuito Athenas. Com 272 provas realizadas e 114 vitórias, pôde enfim ajeitar a vida. Comprou uma casa e passou a contar sua experiência em clínicas de recuperação de dependentes químicos e escolas. “Vejo meus filhos dizendo que querem ser como eu; a esposa me chamando de campeão; o treinador me usando como exemplo e percebo: a corrida me salvou”, diz.

Fontes:

 http://concursopn.sebrae-sc.com.br/2013/06/28/2053/

http://www.guiadasemana.com.br/esportes/noticia/historias-de-maratonistas-pelo-mundo-que-se-superaram

http://jornalocotidiano.com/2012/08/licao-de-vida-rick-van-beek-possivelmente-um-dos-melhores-pais-do-mundo/

http://www.sbcoaching.com.br/blog/atinja-objetivos/atletas-que-superaram-limites-e-conquistaram-vitorias-e-sucesso/

http://www.freewaysports.com.br/ultimas-noticias/caminho-alternativo/